sábado, 27 de março de 2010

A namorada do melhor amigo

Aquela deusa infernal que veio ao mundo para despertar as atenções dos homens e mulheres. O seu ar de pin-up inocente, lábios vermelhos, cabelo apanhado por ganchos e flores. Vestidos justos que lhe acentuavam as curvas. Decotes generosos cujos olhos não ousavam desviar-se. Um corpo... Um corpo de uma verdadeira deusa. Pernas compridas, coxas firmes, um rabo redondo ligeiramente empinado, uma cintura que só apetecia agarrar, e um peito lindo, firme de tamanho ideal. Perfeito.
O amigo era meu, e a deusa era dele. Loucos um pelo outro, o sexo pelo que sabia era excelente e ela tinha orgasmos deliciosos segundo ele. Tudo servia para me aumentar o desejo, o tesão. Era a primeira vez que me sentia assim por uma mulher. Não aguentava quando ela aparecia naqueles vestidinhos curtos, meias de liga e sapatos de salto. Era uma atentado a tudo o que se possa imaginar. Pele macia e delicada com cheiro a leite de côco talvez. Tudo nela era perfeito. E eu sabia que ela era bissexual. Perfeito demais! Nunca surgiu a oportunidade de a levar para a cama, a única coisa que consegui foram uns beijos molhados e quentes numa noite louca de passagem de ano em que nos embebedámos as duas. Beijos de língua que me deixaram com um tesão em todo o corpo que não sei como me controlei.

Aquela deusa devia ter sido minha. A sua boca soube-me a pouco, quis provar mais de si. Beijar-lhe o pescoço, tocar nas suas mamas, senti-las nas minhas mãos. Provar-lhe cada milímetro de pele, saber a que cheira, a que sabe. Senti-la arrepiar-se a cada toque meu, a cada investida, a cada ataque. Agarrá-la pela cintura, abrir-lhe as pernas e deixá-la sem fôlego, impotente, sujeita aos meus comandos, à minha língua, aos meus dedos. Fazer-lhe tudo aquilo que uma mulher gosta que lhe façam e como só uma mulher sabe fazer.
Ainda hoje penso qual o sabor que teria, como seria delicioso ouvir os seus gemidos, sentir o seu orgasmo na minha boca, na minha língua. Profanar-lhe o corpo e repousar junto dele, apenas a fantasia de dois corpos femininos despidos, molhados e quentes encostados, unidos por duas bocas que manifestam o desejo carnal que neles existe.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Primeiro



Confidências porque:
Vêm da minha maneira mais íntima de ser, do meu outro lado, da minha outra maneira de ser mulher. Pensamentos, desejos, experiências, vontades, desabafos de mim para mim, que a mais ninguém conto, que com mais ninguém partilho. Servem para me lembrar que por aí ainda há muita boca, ainda há muita mente fechada e que para confiar, somente em mim mesma.

Indiscretas porque:
Não me misturo na multidão, não me afundo, não são tão iguais a tantas outras confidências que andam de boca em boca. O prazer pela carne, o desejo, a vontade, o tesão também devem ser confidenciados. Ao ouvido, sussurrados, a pelos pulmões para que toda a gente oiça, ou através de um computador onde quem escreve sente, e quem lê re-sente.