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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Filmes

Há filmes que nos prendem logo no início. Começam por captar a nossa atenção com pequenos pormenores: uma música, uma paisagem, um local conhecido, um crime, uma cena escaldante. Começam logo da melhor maneira, e depois... Depois seguem as nossas expectativas, havendo alturas em que ficamos mesmo de boca aberta com o desenrolar da história. Acontece sempre algo inesperado, algo que nos deixa constantemente na dúvida, que nos põe a pensar "e agora?"
Normalmente, esses filmes que nos prendem, contêm um enredo bastante complexo. Cenas que não são sequenciais, pormenores que nos baralham, que nos põem confusos. O tempo anda para trás e para a frente, às vezes fazemos rewind para perceber afinal o que aconteceu.
E, quando menos esperamos, acontece aquela cena, aquele clímax: descobre-se o assassino, o casal percebe que se ama, o protagonista morre.
O filme acaba, e nos minutos seguintes ficamos a falar sobre ele, comentamos, rimos, e percebemos porque é que nos marcou tanto. Tal e qual como o sexo.


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

If...



Se te portares bem,
Pode ser que te deixe ver o que há por baixo.


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Masculinidade


Haverá sempre aquela vontade insaciável de querer as tuas mãos agarrar-me assim,
De um jeito pouco delicado,
bruto,
rude.
Mãos de quem sabe como descontrolar uma menina-mulher
(como eu)
Mãos que açambarcam o mundo,
largas,
grossas,
fortes e experientes.
Mãos marotas,
despreocupadas,
curiosas.
Mãos que me levem ao céu, que me ponham louca e que me deixem arrepiada ao mais pequeno toque. Que me façam sentir pequena quando me apertam.
Mãos de um homem, um homem mais velho.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Vem

De mansinho
Pé ante pé
Devagar
Devagarinho.
Impõe-te,
Segue os teus instintos
Sacia os teus desejos
Acaba com essa fome.
Vem,
Desse jeito manhoso
Desse jeito dengoso
Suplicar por mim.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Doces

Ando gulosa
Ansiosa
Cheia de desejos.
Entre chupas e chocolates,
Caramelo, bolacha crocante, cremes...
Ando melosa,
melada
molhada.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Água na boca

Deixa-me de água na boca:
quando me puxa,
quando me apalpa,
quando me arranha e
quando me morde.
Quando não consegue conter mais a sua ânsia,
o seu desejo e o seu tesão.
Quando me suplica para que o monte,
que o guarde e que o sinta em mim.
A ousadia, o descaramento e a provocação.
A agressividade, a gentileza e a tentação.


terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ao ouvido

Puta. Cabra. Ordinária.
Vira-te. Salta. Chupa. Geme.
Isso. Sim. Goza.
O que me diz ao ouvido também conta,
murmúrios entre respirações ofegantes,
palavras que se dissipam entre os gemidos e o tesão
e que me dão ainda mais tesão.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

De todas as maneiras e feitios...


Assim, porque gosto...


...E assim, porque gostava.

De todas as maneiras e feitios,
Adoro corpos
Que foram feitos para se encaixarem.



sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Dinner

Adoro fazer o jantar com ele:

De joelhos
chupo, lambo e devoro de ponta a ponta.
Deitada na mesa
com a sua cabeça entre as minhas pernas, fazendo o que sabe melhor.
Sentada na cadeira
por cima dele, saltando e gemendo como louca.
No chão
por cima dele, cavalgando o seu pau.
Sobre a mesa novamente
de costas para ele, com as mãos a puxar a toalha a cada investida,
gemer, gritar, sentir o orgasmo, meu e seu
ao mesmo tempo que o forno apita.
"O jantar está pronto"

domingo, 15 de agosto de 2010

Foi...


...Num desses festivais de Verão não muito conhecido, só entre um certo grupo de pessoas que partilham os gostos musicais, gostos restritos, que muitos não toleram, estilos, maneiras de vestir e de estar que deixam o comum mortal perplexo com o extravagante, o misticismo, o culto, a devoção.
O álcool fluía como flui o sangue, a carne quente e o coração pulsante, dentro da tenda debaixo da lua, com quem quisesse passar ali perto. Os corpos roçavam numa dança quase explícita, que traduzia aquilo que tanto eu como ele queríamos. As unhas cravaram-se na carne e as bocas encostaram-se aos ouvidos, não queríamos dar nas vistas mas também, se tivessem que ouvir que ouvissem. As suas mãos entretinham-se com aquilo que mais gostavam, entre as minhas mamas e a minha cona, sabiam como me satisfazer. Todo o meu corpo estremecia, a minha respiração ofegante afogava-se nos seus ombros e a minha voz rouca, trémula que saía da minha voz sem permissão perdia-se dentro da tenda. As minhas mãos vagueavam por o seu corpo também, agarrando-se ao seu pau firme, erecto, bem teso como eu gosto.
Os corpos aqueciam a uma velocidade que não controlávamos, talvez fosse pelo álcool, ou por outras coisas, a verdade é que rebolávamos pela tenda, amassando-nos um ao outro.
"Vou-te foder agora!"

sábado, 5 de junho de 2010

Longa noite

Tocou-me ao de leve na pele nua. Percorreu cada milímetro com a ponta dos dedos, sentindo cada pedaço arrepiado, cada onda de calor que invadia, cada onda de frio que me contorcia. Depois da ponta dos dedos, a ponta da língua, desde a boca, deslizando pelo pescoço, serpenteando por entre as minhas mamas, escorregando para sul, repousando. À frente, atrás, mordeu-me, tocou-me, lambeu-me, beijou-me. Fui brinquedo nas suas mãos tal como gosto. Brincou com o meu corpo até se cansar, até estar pronta para o receber. Por mim escorriam líquidos, ele latejava por dentro e via-se por fora. Longos minutos permanecemos agarrados um ao outro, amassando as carnes, profanando os corpos e as almas pecaminosas. Aguentámos duro numa noite longa...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Como?


De frente, por trás,
Gentilmente, agressivo,
Com carinho, com fome
De mansinho, à bruta,
Imprevisível, expectante
Só porque sim, porque eu quero,
Porque queres, porque tem de ser.
Como me vais agarrar amanhã?

terça-feira, 4 de maio de 2010

Nas tuas mãos

Adoro ser objecto,
Brinquedo preferido.
O fruto apetecido,
O prazer mais desejado
O calor desenfreado
O tesão acumulado.
Adoro estar nas tuas mãos,
Fazer de conta que nada sei
Para além de te servir, de te agradar, de te presentear apenas comigo.
Adoro que me tenhas,
Que me consoles,
Que me amarres e me devores.
Prende-me, agora
Estou nas tuas mãos...
Diz-me, mostra-me o que és capaz.